Já parou para pensar: o que fazer para proteger taludes e encostas de processos erosivos? A verdade é que um dos principais motivo para o aparecimento de erosões em talude é a falta da vegetação sobre sua superfície. Seu aparecimento está ligado à ação de vento e chuva.

Para contornar esse problema, um caminho interessante é aplicar a tecnologia de hidrossemeadura. Essa solução tem se mostrado extremamente vantajosa, principalmente pela segurança, uma vez que não necessita trabalho em altura a fim de que se prepare o solo. Além disso, vale citar também a alta produtividade desse processo.

Para a aplicação devem ser consideradas as características próprias da área, por exemplo, clima, inclinação, tipo de solo, entre outros pontos. As vegetações, em geral as gramas, são escolhidas com muito critério com o objetivo de recobrir as áreas com rapidez, ao mesmo tempo que se cria uma vegetação que terá vida longa.

Estabilização de taludes críticos x segurança no trabalho

No Brasil, o uso da hidrossemeadura como meio para estabilização e proteção de taludes vem desde a longínqua década de 1960. Por conta do desafio de reter sementes e fertilizantes em locais cuja inclinação era mais acentuada, o que se fazia era adotar a abertura de covas ao longo da superfície do talude.

Antes, esse trabalho de abrir as covas era feito de forma manual a partir de cordas e técnicas de rapel. Embora fosse eficiente, esse procedimento era considerado de alto risco aos colaboradores, por conta de possíveis quedas.

Atualmente, a adoção de hidrossemeadura não implica necessariamente essa etapa de coveamento. Isso porque hoje se utiliza o hidromulch e, também outros polímeros. Os resultados? Altamente positivos, inclusive com performance superior quando comparada com a biomanta vegetal em fibra de coco.

Papel das gramas no controle de erosão de taludes

A utilização da vegetação é uma realidade em obras dos mais variados padrões. Muitos engenheiros já entenderam que as plantas podem contribuir para a contenção de encostas e, ainda, auxiliar na recuperação da natureza e do meio ambiente. Afinal, a cobertura das plantas protege o solo de fenômenos naturais, como ventos e chuvas.

Além disso, nunca é demais lembrar que as folhas acabam por absorver a energia cinética da chuva. Assim, impede-se que partículas sejam levadas de um lugar para o outro. Enquanto isso, as raízes exercem um papel importante para evitar que o solo se torne escorregadio. Tudo isso cria uma camada biológica de proteção do talude.

Aqui, importante mencionar a hidrossemeadura como meio de plantar as sementes para criar uma barreira protetora no solo. Basicamente, a hidrossemeadura consiste na aplicação de fertilizantes, sementes, adesivos, além de matéria orgânica, tudo feito por um jato de alta pressão de maneira uniforme. A quantidade e o tipo de material vai depender de um estudo prévio do solo. A técnica facilita o plantio, uma vez que possibilita maior germinação.

Com a hidrossemeadura, pode-se recuperar ou restaurar as condições naturais da vegetação de uma determinada área que esteja problemática.

Por fim, também vale ressaltar que a técnica de hidrossemeadura ainda ajuda no controle e preservação da umidade e temperatura do solo, reduz o impacto de vulnerabilidade climática, evita a erosão e reduz a evaporação. Assim, melhora, de forma geral, a estrutura do solo.

Estabilização de encostas e proteção de taludes

Em linhas gerais, a vegetação é super importante para proteger a integridade dos taludes e aterros. Os solos que não contam com vegetação ficam vulneráveis a processos erosivos, ocasionados sobretudo pelo escoamento das águas da chuva. Logo, com a vegetação, a área estará protegida, e o solo, naturalmente, ficará em melhores condições físicas, químicas e biológicas.

Veja abaixo alguns dos benefícios para as plantas para raízes, caules e folhas:

• Elevam a resistência do solo
• Aumentam a infiltração de água
• Ampliam a porosidade
• Agem como canais de sucção
• Diminuem a erosão
• Elevam a rugosidade

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